sábado, 7 de novembro de 2009

Discos: Sonic Boom por Kiss


Primeiro disco depois de 11 anos "parados" da banda Kiss. 19º disco de estúdio. A banda tem um grande histórico de discos insignificantes, e viveu de alguns hits que emplacaram ao longo da carreira associado à sua imagem e performance exageradas.

O ponto positivo é a voz do Paul Stanley que pouco mudou nesse tempo, mantendo sua potência e presença. O ponto negativo é que em mais de 35 anos de carreira não aprenderam a fazer uma capa de disco decente.






Modern Day Delilah: Um bom riff, refrão grudento, uma música na fórmula do Kiss, começa bem o disco. Uma música interessante. Um solo também no estilo de sempre. É uma fórmula que deu certo algumas vezes e parece dar certo agora novamente.

Russian Roulette: Primeiro fracasso do disco, cantada pelo Gene, a voz dele parece estar melhor, menos forçada como de costume nos clássicos da banda. Sem um riff marcante, algo bem tradicional, um refrão peso-morto, sem nenhuma marca. Um solo sem novidades se tratando de Kiss. É aquela música que você agradece quando acaba.

Never Enough: Um começo que lembra nos primeiros segundos Rock and Roll All Nite. Volta a energia que tinha na primeira música e que se perdeu na segunda. O verso é muito bom, o refrão decepciona um pouco, as guitarras estão bem dosadas. Um bom solo, com duas guitarras solando em harmonia. Nada que fuja da tradição. Escrita por Paul Stanley e Tommy Thayer, atual guitarrista.

Yes I Know (Nobody's Perfect): E daí quem liga? (A vida é um jogo). Enfim, voltando, outra cantada pelo Gene, um riff já muito usado. Não é tão ruim quanto Russian Roulette, mas fica abaixo das outras duas que já passaram. Até agora Gene Simmons não mostrou nada bom, que valha a pena.

Stand: Segunda parceria Simmons e Stanley, a primeira foi Russian Roulette. Mas foram infelizes novamente, parece que o Stanley tá se dando melhor com os outros integrantes pra compor, ou sozinho mesmo. O verso até que é bom, o pré-refrão também, o refrão é fraquíssimo, tinha tudo pra ser algo grandioso, mas é mais uma celebração.

Hot And Cold: Simmons assina sozinho e canta sozinho. Mais uma infelicidade do Gene, mas já melhora em relação ao seu último fracasso. Um refrão melhor, um solo legal, mas não anima muito. Uma letra que não merece comentário.

All For The Glory: Cantada por Eric Singer, o Drummer da banda. Mas a música é do Stanley e do Simmons. Uma base com presença, Singer canta bem, claro, Stanley e Simmons não dariam à ele a melhor música do disco, mas a percepção de boa música dos dois parece equivocada nesse disco, e entregaram na mão de Singer uma das melhores do disco. O verso é normal, o refrão tem um coro que o deixe diferente dos demais, é interessante. Tem uma guitarra marcante, um solo alto e com presença, talvez o melhor do disco.

Danger Us: Paul Stanley assina e canta sozinho. Uma música que passa batida, é normal, sem nenhum destaque, um rock apenas, pra preencher espaço. Nem é ruim, muito menos boa, é uma música peso-morto.

I'm An Animal: Stanley, Simmons e Thayer. Quem canta é o Simmons, então já sabe... Tem um riff inicial que lembra Dazed and Confused do Led Zeppelin. A música é fraquíssima, verso e refrão que não prendem nem um pouco a atenção.

When Lightning Strikes: Um riff estilo AC/DC. Quem canta agora é o Thayer, tem uma voz boa também. Música que dá pra ouvir até o fim, mas não faz falta. Refrão fraco, o solo à essa altura não impressiona mais.

Say Yeah: Mais uma integralmente pelo Stanley. Podemos dizer, o disco começa bem e termina bem então. Mas entre o começo e o fim tem uma sucessão de fracassos. Se tornaria repetitivo comentar essa música, já que não traz nenhuma novidade em relação às outras 10.


Uma análise imparcial, não sou fanático e nem odeio a banda. O disco vem pra explicar o porquê de 11 anos sem lançar nada inédito, tá aí a resposta, acho que agora param de cobrar.

GERAL: 4/10


Destaques: Modern Day Delilah, All For The Glory.

2 comentários:

disse...

bosta...

Gabriel Felix disse...

Quanta baboseira... "Sonic Boom" é um disco incrível! Tudo nele se encaixa. O Kiss nunca decepcionou os fãs.